Festa estranha, com gente esquisita

segunda-feira, 12 de julho de 2010

FELIPE AMORIM

A 19ª edição da Copa do Mundo de futebol teve de tudo. Favoritos caindo ainda na primeira fase, brigas internas, craques não rendendo 1% do esperado, erros bisonhos dos juízes e bandeirinhas, bola criticada pela maioria dos boleiros, vuvuzelas irritantes, musas, narrador anunciando a aposentadoria para o próximo Mundial e até um polvo vidente. Definitivamente, a Copa da África do Sul já entrou para a história como a mais diversificada dos últimos tempos.

Assim que a pelota rolou pela primeira vez, lá no dia 11 de junho, no Soccer City, acredito que muita gente não esperava tanta novidade em solos sul-africanos. Quem, em sua sã consciência, acreditaria que os finalistas de 2006 seriam os lanternas em seus grupos na primeira fase? Pois é, foi o que aconteceu.

Dos candidatos a craques, todos fracassaram. Franck Ribéry, Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, o nosso Kaká, Lionel Messi (este o único que demonstrou lampejos de bom futebol) e até o finalista Fernando Torres não foram sombra do que são. Bom para os "coadjuvantes" aparecerem, como foi o caso do Bola de Ouro eleito pela Fifa, o uruguaio Forlán. O nanico Sneijder e David Villa, que levou a Espanha nas costas, também merecem serem lembrados. Ah, e o que dizer dos Meninos da Alemanha? Geniais!

Mas a falta de craques foi tanta que o nível técnico da Copa ficou a desejar. Se podemos ver algo positivo nisso tudo foi a final feita entre Holanda x Espanha. Duas seleções que até então não haviam levantado a taça. O final todos sabem qual foi, mas a Orange também está de parabéns. Para quem fosse o título, seria merecido.

Fora os atletas, apesar de os juízes terem se esforçado para roubarem a cena com um erro mais bisonho que o outro, o destaque foi Dieguito. Entre superstições e toques de calcanhar na bola, ver o beijoqueiro Maradona na beira do gramado foi um espetáculo à parte. Coitado de Dunga, que, com seu figurino pra lá de suspeito, só conseguiu chamar a atenção após esmurrar o gramado e a proteção do banco de reserva, enquanto seu time era envolvido pela Holanda.

E o que falar de Paul, o polvo? Ah se eu tivesse seguido seus palpites no bolão aqui do jornal... Não poderia esquecer da paraguaia Larissa Riquelme. Mesmo estando a milhares de quilômetros da África do Sul, ela ganhou a preferência da macharada no quesito musa.

Há quem critique, mas eu, assim como os apaixonados pela Copa do Mundo, ficarei com uma saudade de tudo isso. Quem me dera mais uma semaninha de África do Sul... Mas como a competição já acabou, resta me contentar com a Série B do futebol brasileiro, com os nossos representantes Náutico e Sport, além do Santinha que começará a sua saga na Quarta Divisão neste domingo. Eu era feliz e não sabia. Fazendo uma brincadeira com um famoso apresentador, 2014 é logo ali. Ainda bem!

Destaques da Folha de Pernambuco

O caderno Folha na Copa chega a sua última edição nesta segunda-feira e traz como principal destaque o inédito título da Espanha na Copa do Mundo. A conquista foi assegurada após uma apertada vitória de 1x0 sobre a Holanda, com gol de Iniesta no segundo tempo da prorrogação.

No Recife, o ponto de encontro dos espanhóis foi o Instituto Cervantes. A festa, claro, tomou conta do recinto após o apito final do árbitro. Em Boa Viagem, o clima foi bem diferente na reunião dos holandeses, que amargaram, pela terceira vez, o vice-campeonato de uma Copa.

Ainda na edição desta segunda-feira, confira as fotos que marcaram o primeiro Mundial de futebol realizado no continente africano, a seleção eleita pela equipe de Esportes da Folha de Pernambuco e a coluna Agito na Copa.

E toda a equipe aproveita para agradecer a companhia durante esse mês.

Sobre certas coisas...

domingo, 11 de julho de 2010

LEUSA SANTOS
Editora Executiva

Final de Copa. Resultado justo: Espanha campeã. A estratégica Holanda não suportou a perfeição do toque de bola espanhol. Quanto mais jogos vi, mais tive a certeza de que a Seleção Brasileira, pentacampeã para sempre (pelo menos é assim que se comporta), tem muito a melhorar. E por incrível que pareça arrisco a dizer que não é dentro de campo, mas fora dele. Não é em plena Copa, mas antes dela. O Brasil perdeu 50% da Copa antes do Mundial começar. Dunga teimoso, Kaká bichado e apenas Lúcio com fome de jogo não poderia ser outra coisa a não ser o fiasco que foi.

Mas vamos falar de quem jogou bola nessa final histórica. Holanda e Espanha. Dois times ávidos pela taça. Desde sempre notou-se isso. E notou-se também com a Alemanha, a Argentina e até com Gana. Os espanhóis quiseram, lutaram, mereceram... ganharam. Resultado óbvio para uma equipe que tem a humildade e o sentimento de batalha nos pés. Sem afobação e desespero de quem não pode perder, mas também sem a apatia de quem não aceita um revés. A Espanha soube, dentro de campo, controlar essas emoções tão próximas da nossa Seleção e sufocou a Laranja Mecânica.

Também se a Holanda tivesse ganhado teria seus méritos. E méritos justos. Afinal, foi uma equipe que também levou a Copa a sério. Estratégica, focada, organizada. O pecado? Talvez ter incutido neste 11 de julho um favoritismo ainda precipitado. Dava para ver nos rostos dos jogadores a decepção de quem já se via com a taça na mão. Mas, assim como os espanhóis, jogaram, lutaram e buscaram o tempo todo imprimir a marca laranja nessa Copa. Não deu. Fazer o quê? Alguém tem que ganhar e, para isso, alguém tem que perder.

Que o Canarinho tire uma lição desta Copa, já que não aprendeu em 2006: futebol se ganha jogando bola e não admirando o próprio currículo. Mas vamos relaxar. Afinal, o tão simpático polvo acertou! Será que ele vem pra cá em 2014? Se Teixeira continuar na CBF vai ser fácil esse amiguinho excluir da sua escolha uma certa seleção. Adivinha qual?

A Fúria "Roja"

FELIPE AMORIM

Foi merecido. Apesar de a Espanha ter vencido o seu quarto jogo na Copa do Mundo pelo placar de 1x0, o título não poderia ter ido para mãos melhores. Tudo bem, eu concordo que o futebol apresentado desta vez pela La Roja deixou a desejar. Mas também os holandeses pouco fizeram no Soccer City, nesta tarde, em Johannesburgo. Além de bater muito, ficou comprovado que a verdadeira amarelona é a Orange: tri-vice-campeã (1974, 1978 e 2010).

Como já disse acima, a qualidade do jogo deixou a desejar. No primeiro tempo, pouco se criou. Apenas David Villa, aos 11, e Robben, aos 46, fizeram a torcida soltar o grito de "uhhhh". O destaque mesmo ficou pela quantidade abusiva de violência. O árbitro inglês acabou distribuindo seis amarelos. Na segunda etapa, a pancadaria foi maior. Resultado: com os oito amarelos da Holanda e quatro da Espanha, além do vermelho dado aos vice-campeões, a final de 2010 foi a que teve mais cartões dados. Até então a decisão de 1986, vencida pela Argentina, por 3x2 contra a Alemanha Ocidental, com seis amarelos, tinha sido a mais violenta.

Mas quando os atletas resolveram jogar, o futebol melhorou no segundo tempo. Se Robben tivesse assistido aos jogos do Flamengo na época de Zico, ele teria aprendido a driblar o goleiro na frente do gol como o Galinho cansou de fazer. Como não aprendeu, ele desperdiçou a chance de abrir o placar aos 16 minutos e aos 37. Agora, os espanhóis também vacilaram muito. Aos 24, David Villa, após uma incrível furada de Heitinga, mandou em cima do goleiro, e não fez mais nada no jogo. Uma pena, pois poderia ter deixado o campo como destaque.

Veio a prorrogação e a aflição continuou, como manda ser uma verdadeira final. A posse de bola da Fúria era nítida. Lembrou os toureiros duelando com os touros, nas arenas espanholas. Mas faltava o golpe final, no caso a forma no pé dos atletas. Sorte deles que o ditado do "quem não faz, leva" não entrou em campo. Só quando se desenhava a segunda final seguida a ser decidida nos pênaltis é que o gol saiu, para a felicidade daqueles que seguiram o palpite de Paul, o polvo. Coube a Iniesta proferir o golpe fatal, com um chute cruzado. Festa no Soccer City. Festa na Espanha. O mundo conhecia a verdadeira Fúria, a oitava equipe a conquistar a Copa.

Muita porrada e pouco futebol

FELIPE AMORIM

Este primeiro tempo da final da Copa do Mundo entre Holanda e Espanha lembrou muito um jogador: Felipe Melo. Se o volante da Seleção Brasileira estivesse em campo, ele estaria bem à vontade, afinal, a pancadaria "comeu no centro" nestes 45 minutos. Para quem esperava um futebol vistoso, teve que se contentar com muita marcação, pouquíssimas chances de gol e cinco cartões amarelos. Por enquanto, o placar de violência está 3x2 para a Orange. Isso mesmo. Se o árbitro inglês Howard Webb não punisse os infratores, poderia ter sido pior. E olhe que ainda teve "neguinho" saindo no lucro.

Dos cinco amarelos aplicados pelo árbitro, quem conseguiu se safar foi o volante De Jong. O lance do holandês, dando uma verdadeira voadora na caixa dos peitos de Xabi Alonso, parecia mais com a cena dos filmes do finado Bruce Lee. No mais, os amarelos dados aos "Vans" Bommel e Persie, pelo lado laranja, e a Puyol e Sérgio Ramos da Espanha foram justos.

Fora a sessão de pancadaria, o que me chamou a atenção (também negativamente) foi a ineficiência do meio de campo da Espanha. Se durante a Copa este setor jogou muito, até agora Xavi e companhia não produziram muita coisa. Mas a falta de qualidade não é privilégio da Fúria. Do lado holandês, o maestro e candidato a craque do Mundial, Sneijder também pouco apareceu. Pelo quase pouco criado, o placar em branco até foi justo. Vamos torcer para que o segundo tempo melhore e os gols saiam.

A final de 98 e as coxinhas de tia Rosa

YURI DE LIRA

Mil novecentos e oitenta e nove: caía o muro de Berlim, Fernando Collor era eleito presidente da República, as tropas soviéticas deixavam o Afeganistão, o seriado Os Simpsons estreava na TV. Em meio a toda essa efervescência, eu nascia. Teoricamente, a minha primeira Copa do Mundo seria a de 1990 - na Itália. Mas qual a graça que um bebê de um ano iria achar em um bocado de marmanjos correndo atrás de uma bola? No máximo, a bola. Só fui saber que houve esse campeonato depois de um tempinho. Uma pena. Se mamãe e papai fossem mais apressadinhos, eu teria visto jogadores como Maradona, Careca e Klinsmann voando dentro de campo. Do Mundial seguinte, tenho apenas lembranças vagas. Me recordo mais de Boris Yeltsin enviando tropas russas à Chechênia que do tetra conquistado pela Canarinho, nos Estados Unidos. Brincadeira, é claro. Mas com cinco primaveras recém-completadas, o esporte bretão ainda não tinha me cativado.

A minha grande Copa só foi acontecer em 1998. Naqueles tempos, o futebol já pulsava nas veias deste que os escreve. Esboçava uma torcida pelo Brasil. Toda santa partida, minha família e meus vizinhos se reuniam. Faziam churrasco, compravam comida e jogavam conversa fora. Eu adorava aquilo tudo. Aproveitava para comer os quitutes feitos por tia Rosa, especialmente as coxinhas. Crocantes, super-recheadas e um tanto oleosas, elas pareciam divinas para mim (eu era gordinho, quase obeso). Achava a comilança o mais legal de tudo. Cada fase que o selecionado nacional avançava era sinônimo de mais farrinhas e mais glutonice. O espírito de gordo reinava! Grudava na televisão, pegava os tira-gostos e avante, Brasil!

Lembro também que na época teve até uma moda de usar umas luvinhas nas cores verde-amarelo. Todo pirralho tinha uma. Para não ficar de fora, entrei na onda. Estava empolgadíssimo. Pensava que ninguém nos venceria. Após a primeira fase, veio Chile, Dinamarca e Holanda. Lapada em todo mundo. Esses dois últimos, por sinal, me renderam momentos de extrema angústia. Era muita emoção para um torcedor de nove anos de idade.

O pior, todavia, estava reservado. Na grande final, diante dos franceses, aconteceu a tragédia. Quando soube que Ronaldo não entraria em campo, previ o pior. Quando soube que Edmundo ocuparia o seu lugar, me desesperei. O Fenômeno, no entanto, foi à batalha. Fiquei aliviado. O resto da história me desagrada bastante. São coisas que não saem da memória tão fácil. Foram três gols avassaladores em cima da gente. Os dois primeiros, de Zidane, puseram a minha animação lá embaixo. Petit (para o jovem Yuri, infelizmente, não era o Gateau) marcou o terceiro e me desmoronou. De tanta tristeza, parecia até que a derradeira e mais saborosa coxinha de tia Rosa havia caído no chão e se espatifado.

Se espatifavam, na verdade, os sentimentos daquele garotinho. O amargo 3x0 não me fez chorar. Sempre fui forte para essas coisas. Sabia que aqueles atletas não mereciam as minhas lágrimas. Talvez o que mais me confortava era o fato de aquele ser o último jogo do escrete tupiniquim no torneio, ou seja, as farras (e, consequentemente, as coxinhas free) acabariam de todo jeito. Acabaram da pior forma possível para um menino que aspirava maiores amores pela Seleção. Restaram as coxinhas. Essas, sim, amo até hoje.

Resta um

FELIPE AMORIM

Depois de 63 partidas, eis que chegou o grande momento da Copa do Mundo: a finalíssima. Mesmo sem a Seleção Brasileira por lá, a atenção de todo o País estará voltada, às 15h30, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, o palco da decisão. Afinal, Espanha ou Holanda, uma dessas duas se tornará a oitava equipe a levantar a taça mais cobiçada do planeta bola. Fúria ou Oranje, quem levará a melhor? Pegue a sua bebida, prepare o seu tira-gosto e faça sua aposta, porque os craques estão prestes a entrar no gramado. Hoje, companheiros, veremos história. Veremos um novo campeão mundial.

Pela primeira vez, não teremos Argentina, Itália, Alemanha ou Brasil entre os finalistas. "Culpa" dos espanhóis e holandeses, que eliminaram germânicos e canarinhos, nessa ordem. Na minha humilde opinião, é bom para o futebol, que será oxigenado. Afinal, em 18 edições até então, só haviam tido o gostinho de levantar o caneco Brasil (cinco vezes), Itália (quatro), Alemanha (três), Uruguai (duas), Argentina (duas), Inglaterra (uma) e França (uma).

Voltemos ao duelo desta tarde. Por terem eliminado os favoritos alemães na semifinal, por 1x0, e com o melhor toque de bola desta Copa, a Espanha, para mim, chega como franca favorita. Se levar, exterminaria, de uma vez, o estigma de "amarelona", além de consagrar uma geração de craques.

Por outro lado, ficaria também feliz se a Holanda fosse campeã. Nada mais justo do que o "futebol" corrigir um erro do passado, quando o Carrossel Holandês ficou com o vice em 1974 e 1978. Mesmo não lembrando nem de longe aquele belo time, o fato de chegar à final com 100% de aproveitamento é de impor respeito a qualquer adversário, até na Espanha.

Bom, pela qualidade das duas equipes, o futebol já sai como o grande vitorioso. Agora vamos rezar para que a partida dê gosto de ser ver, como manda uma final de Copa do Mundo. A torcida agradece.

2002: Gols adornaram a final

GUSTAVO PAES

Passeando com certa facilidade, o Brasil venceu a Alemanha em 2002 sem os requintes de crueldade (com os corações brasileiros) de 1994. Poder gritar gol em uma final de Copa do Mundo – já que nos pênaltis do Mundial dos Estados Unidos o nervosismo era tanto que só saíam alguns grunhidos quando a rede era estufada pelos cobradores brasileiros-, tornou a decisão diante dos germânicos muito especial para mim.

Na época, ainda adolescente, superstições para ver futebol ainda faziam parte do meu repertório. Tinha assistido a todos os jogos em uma farra organizada por vizinhos bem mais velhos e familiares. Na época da grande final, meu antigo colégio estava recebendo estudantes de todo o Nordeste para uma competição poliesportiva. Ou seja, telão, centenas de jovens da minha idade e muita festa. Mas não teve quem me fizesse sair do lado da velha guarda. Não me perdoaria se quebrasse a “corrente” e o Brasil perdesse. Jovens...

Mas depois do segundo gol de Ronaldo Cascão, veio a confiança que eu precisava. Ainda segurei por alguns instantes (por garantia), mas disse até logo aos que estavam ao meu lado, já em festa. O Brasil apenas contava os minutos para ser campeão. Corri como um maluco do meu prédio até o colégio – um trajeto de uns 5 minutos e naquela época eu estava relativamente em forma. Lembro-me que caía uma chuva fina. Tamanha era a sutileza que parecia proposital, poético.

E talvez fosse mesmo proposital. Para disfarçar o choro do babaca emotivo, pois durante a “maratona”, os olhos já marejaram, assim como acontece agora no momento da lembrança. Pior. O maluco com a camisa do Brasil correndo pelas ruas do bairro das Graças recebeu apoio do povo. “Vai lá garoto, o Brasil vai ser campeão”, gritou um da janela, batendo palmas. Um prédio à frente e um casal anuncia o final da partida. “Cabou o jogo, é penta. Vai rápido, vai”, e acenavam para mim.

Todos pareciam imaginar qual era o objetivo. E ele foi alcançado. Entrei esbaforido no auditório onde estava o telão. Sem a devida oxigenação no cérebro, demorei a encontrar os rostos conhecidos. Mas foi tudo muito rápido. Foi avistar os amigos, dar aquele abraço emocionado, e eis que surge Cafu no telão, com um sorriso histórico. Sua boca ainda se moveu para alguns dizeres. Algumas horas depois – talvez até dias, não lembro ao certo -, ficamos sabendo que ele fez uma homenagem para a esposa. “Regina, eu te amo”, disse o capitão. E levantou a taça. Eu vi, após a corrida mais importante da minha vida. O resto é história.

Final de Copa dentro de um carro

FLÁVIO BATISTA

Hoje é um dia especial. Domingo de final de Copa do Mundo. Jogo que traz toda uma carga emocional. Coroa heróis. Marca vilões. E a primeira decisão do torneio que me lembro de ter acompanhado foi a de 1990, envolvendo Alemanha e Argentina.

E acompanhei de uma forma bem peculiar. Na época, eu tinha nove anos e como se diz no interior, "não tinha querer". No domingo da final da Copa, saímos de Carpina, cidade onde eu morava, e fomos para o Recife, visitar minha avó materna. Dia super agradável em família, tal... eis que meu pai resolve voltar para Carpina bem na hora do jogo.

Mesmo pequeno, já começava a despertar para o mundo esportivo e queria muito assistir à final. No entanto, não teve jeito. Ainda vimos o primeiro tempo, pela TV, na casa da minha avó e no intervalo, pegamos a estrada.

Para não ficar tão alheio ao que se passava na Itália (sede da Copa de 1990), ligamos o rádio. Teve até comemoração quando Brehme fez o gol de pênalti que garantiu o título para a Alemanha. Naquele momento, minha torcida era para chegar mais rápido em casa para ver a taça sendo levantada. Não deu tempo. Mesmo assim, essa minha primeira final de Copa do Mundo vai ficar guardada para sempre na minha memória.

Destaques da Folha de Pernambuco

É domingo de final de Copa do Mundo. Holanda e Espanha decidem o título na África do Sul e você, leitor da Folha de Pernambuco, entra no clima através do caderno Folha na Copa.

Além da apresentação da partida, com as escalações, as campanhas das seleções até aqui e o duelo de artilheiros entre Sneijder e Villa, preparamos um vasto material.

Saiba como foram as duas finais de Copa perdidas pela Holanda, em 1974 e 1978. Conheça também um holandês e um espanhol que torcerão por suas seleções neste domingo bem longe de casa. Ambos estão morando em Pernambuco e já trataram de reunir os amigos para acompanhar a decisão.

E entre os jogadores dos três grandes times do Recife - Náutico, Santa Cruz e Sport -, qual é a torcida para mais tarde? Leia na sua Folha de Pernambuco.

Obrigada, Klose!

sábado, 10 de julho de 2010

IRCE FALCÃO

Tudo indicava para uma nova quebra de recorde em Copas do Mundo. O atacante alemão Klose começou o Mundial a todo vapor, deixando claro que Ronaldo Fenômeno poderia perder o posto de maior artilheiro de todos os Mundiais. Klose marcou quatro gols na Copa da África do Sul, ficando a apenas um de igualar a conta do brasileiro, e a dois de ultrapassar o 15 gols assinalados pelo ídolo canarinho. Hoje, ele não atuou devido a problemas na coluna.

Para Ronaldo, um gol a mais ou a menos não diminuiria a rechonchuda (como o fenômeno) conta bancária que ele possui. Se o atacante estivesse realmente preocupado em manter a marca e fixar, ainda mais, o nome dele na história dos Mundias, ele teria se cuidado para disputar mais uma Copa na carreira, pois qual treinador não convocaria um Ronaldo em boa forma? Nem Dunga resistiria. Mas, enfim.

Para nós, brasileiros, é sempre bom poder abrir a boca e dizer que somos pentacampeões do mundo e, como um bônus, temos ainda o maior artilheiro de todas as Copas. Pense num orgulho danado de uma conquista onde não despejamos uma gota de suor. Tudo fruto do trabalho alheio. Mas o patriotismo aflora nesses momentos, além de ser muito legal tirar onda com os adversários. Então, desejo melhoras a Klose, pelas dores de coluna, mas destino é destino, e não ia ficar legal um alemão tomando lugar de brasileiro na artilharia. Obrigada, Klose!

Uma final escrita por Franz Kafka

KAUÊ DINIZ

É engraçado. Deveríamos lembrar com mais exatidão das nossas alegrias do que tristezas. Mas acho que, talvez, o ser humano para não querer errar novamente, tende a recordar daquelas cicatrizes que deixaram marcas profundas. E a final da Copa do Mundo de 1998 foi assim. Foi um tipo de Maracanaço, claro com suas devidas proporções, e devidas mesmo, do final do século XX.

Após passarmos pelo timaço da Holanda, nas semifinais, não havia quem duvidasse do pentacampeonato. Ronaldo estava na ponta dos cascos. Taffarel pegando tudo atrás. Tudo bem que nosso zagueiro era Júnior Baiano, já tinha até esquecido disso e é melhor deletar da memória novamente. Mas a Seleção se não era 100% qualidade, também não decepcionava com Bebeto, Rivaldo, Leonardo, César Sampaio, Roberto Carlos.

A França, sinceramente, não metia medo. Chegou cambaleante à final. Zidane, até então, não era o Zidane que hoje todos nós reverencíamos. Os Bleus tinham um ataque, formado por Guivarc e, às vezes, Dugarry, que, simplesmente não sabia fazer gol. Eram horríveis mesmo.

Por isso, fui assistir à final da Copa na casa de um amigo da época do colegial com a certeza de que o caneco era nosso. Mas logo ao chegar na casa dele, seu pai foi logo me informando: "olha, o Ronaldo parece que não vai jogar. Tão dizendo que quem vai entrar de titular é Edmundo". Era apenas a ponta de um iceberg que se tornou a traumática e tão discutida final de 98, que até hoje tem quem acredite piamente que os homens-forte do nosso futebol venderam nosso título.

A falta de informações precisas na ocasião, misturada à apatia de Ronaldo e toda a equipe dentro de campo, foram a cada minuto adormecendo as esperanças do pentacampeonato. O brilhante escritor tcheco Franz Kafka parecia ter renascido dos mortos para contar em formas surreais as últimas horas de um time moribundo. Um surrealismo explícito no gol de cabeça de Zidane. Pois é, como Sneijder, agora nesta Copa, o francês também jamais havia marcado um gol de cabeça.

Atônitos, acho que não só eu, mas a grande maioria dos brasileiros, até mesmo pelo exemplo da reação dos meus amigos presentes naquele "funeral", não tínhamos forças para reagir. Não houve xingamentos, nem lágrimas. Apito final, todos calados, fomos jogar ping-pong, como se nada houvesse acontecido.

Em boas mãos

IRCE FALCÃO

Emocionante, imprevisível, movimentado. O duelo entre Alemanha e Uruguai foi bom de ver, digno de entrar para a lista dos melhores jogos deste Mundial. A cadência da partida foi quase um passinho de dança, um (ataque) para lá, outro para cá, mostrando o equilíbrio que marcou o confronto. Se alguém esperava uma Alemanha sem motivação, cabisbaixa por causa da derrota na semifinal, surpresa! Os pupilos de Joachim Löw mostraram o porquê de terem sido considerados favoritos ao título, partindo para o ataque em velocidade e abrindo o marcador com o sempre oportunista Müller, que fez cinco gols em uma Copa brilhante.

Os uruguaios foram um capítulo à parte. Apesar da derrota, eles correram, atacaram, se defenderam (exceto o goleiro Muslera, que faltou nas aulas de atenção, saída do gol e iniciativa, falhando nos gols europeus) e, sem dúvidas, vão desembarcar em casa como verdadeiros heróis, afinal, esta delegação foi responsável por recuperar a imagem da Celeste no futebol mundial. Como verdadeiros guerreiros, jogaram em igualdade com um timaço, chegando até a virar o placar no início do segundo tempo, com um golaço de Fórlan, que jogou muito e só não fez chover nesta Copa. Ele é O Cara!

A virada, no entanto, não foi suficiente para segurar o tal "rolo compressor" alemão, que sufocou a defesa uruguaia até empatar e ficar, novamente, em vantagem no placar. Para quem gosta de bom futebol, com ingredientes tradicionais como emoção e muitos gols, essa decisão pelo terceiro lugar, definitivamente, não deixou a desejar. Quando parecia já estar tudo definido, eis que Fórlan ainda coloca uma bola no travessão, que se diga de passagem, foi um pecado não ter entrado.

Confesso ter torcido para a Celeste, pelo calor sul-americano, a garra do time e a festa de um povo que não comemorava há tempos. Mas admito que o bronze está em ótimas mãos, premiando uma seleção jovem, audaciosa, que promete dar muito trabalho na Copa de 2014, no Brasil. A Alemanha repetiu a colocação de 2006, quando venceu Portugal e ficou em terceiro lugar. Estou é curiosa para saber se os atletas, que disseram não querer festa, vão resistir a tal cervejinha na comemoração pela vitória. Duvido.

A primeira decepção

LÉO LISBÔA

Final de Copa do Mundo não tem como brasileiro não lembrar. Seja por alegria ou tristeza, os duelos que acontecem a cada quatro anos acabam não saindo da memória de um povo que é tão aficcionado por futebol. Em meus 24 anos de vida, me lembro de ter acompanhado as decisões de 1994 (Estados Unidos), 1998 (França), 2002 (Japão e Coreia do Sul) e 2006 (Alemanha).

Apesar de assistir à Seleção Brasileira ser tetra e pentacampeã na América do Norte e na Ásia, uma decisão que me marcou foi França x Brasil, em Paris, em 1998, jogo em que os donos da casa golearam a Canarinho por 3x0, não deixando dúvidas onde a taça deveria ficar.

Naquele Mundial, então com 12 anos, a empolgação era total. Embalado pela Conquista em 94, logo na primeira Copa do Mundo em que acompanhei, acreditava que a Seleção Brasileira ganharia mais um título. Mero engano. O início foi de animar. Na primeira fase, sob comando do técnico Zagallo, que esteve presentes nas outras quatro conquistas, o Brasil venceu Escócia e Marrocos, mas foi derrotado pela Noruega.

No mata-mata, mais sucesso da Seleção. Nas oitavas de final, vitória por 4x1 sobre o Chile. O duelo seguinte, com uma atuação inspirada do pernambucano Rivaldo, triunfo por 3x2 em cima dos dinamarqueses. Contra os holandeses, que seriam os algozes este ano, coube ao goleiro Taffarel garantir a vitória ao defender dois pênaltis.

Para a grande final, contra a França, a expectativa era a maior possível. Não quis saber de superstição. Ao invés de assistir no meu quarto, onde tinha acompanhando as partidas anteriores, fui junto a minha família assistir na casa de um tio. Após o almoço, o primeiro susto. Roinaldinho não estava entre os titulares divulgados pela Fifa. Mas o atacante entrou em campo, junto com os outros dez atletas. Melhor que não tivesse entrado.

O Brasil não se encrontrou e levou dois gols de Zidane ainda no primeiro tempo. Desolado, fui para casa, sabia que o sonho do penta tinha terminado, pelo menos naquele ano. Os 45 minutos finais nem assisti, perdi até o terceiro gol. Preferi jogar videogame...

Vale o terceiro lugar

IRCE FALCÃO

Se em muitas competições a disputa pela terceira colocação é vista como uma partida secundária, sem tanta badalação, Uruguai e Alemanha prometem mudar qualquer estereótipo deste tipo. Logo mais, a partir das 15h30, as duas equipes entram em campo com o objetivo de encerrar a passagem no Mundial da África do Sul com uma vitória. Afinal, ambas fizeram uma bela campanha na competição.

Do lado uruguaio, vejo esse jogo como histórico, pois a Celeste não apresentava um bom futebol há alguns anos, e a Copa de 2010 pode marcar a retomada dos sul-americanos entre as forças do esporte. Estará em jogo também uma quebra de tabu, pois o Uruguai não vence os germânicos desde os Jogos Olímipcos de 1928. Uma seca de 82 anos.

Já para a Alemanha, a terceira colocação pode soar como um prêmio de consolação. Sim, porque os europeus mostraram um futebol bonito e empolgante de ver, com um time composto de garotos, donos de um contra-ataque no estilo "rolo compressor". Os comandados de Joachim Löw eram tidos como certos na grande final do Mundial, e a derrota para a Espanha, sem dúvida, ainda não saiu da mente deles. A frustração foi grande, tanto que os atletas adiantaram não terem interesse em comemorar o bronze, como aconteceu em 2006.

Acredito em uma partida de muitos gols, pois o Uruguai terá o retorno do atacante Luis Suaréz, ao lado do habilidoso Fórlan, enquanto a Alemanha poderá contar com o oportunista Müller, que, ao lado de Klose, é o principal finalizador das jogadas ofensivas dos europeus.

Palpites para o vencedor:

Paul, o polvo profeta: Alemanha
Eu: Prefiro acompanhar a opinião de Paul, afinal, ele foi bem melhor que eu nas apostas da Copa.

A final de 1998

GUSTAVO LUCCHESI

Como passei a acompanhar as Copas do Mundo a partir da edição de 1994, faço parte de uma geração que cresceu e acreditou que o Brasil fosse praticamente imbatível em Mundiais, por isso é tão estranho acompanhar duas quedas seguidas nas quartas de final, como em 2006 e 2010. Mas vamos ao que interessa. Instintivamente, pensei em escolher a final de 1994, contra a Itália, que, curiosamente, está bem mais fresca na minha cabeça do que a de 2006.

Porém, na tentativa de fugir um pouco do óbvio, escolhi uma que é tão inesquecível quanto o tetracampeonato, mas com um sentimento final completamente oposto: a de 1998, contra os franceses. De antemão gostaria de avisar também que a decisão de 2002 foi "arretada", mas não me contagiou tanto, pois considero aquele título óbvio demais, sem riscos para o Brasil. Sem desmerecer a conquista, obviamente.


Naquela Copa da França, acompanhei todos os jogos do Brasil no meu quarto, de porta fechada, enquanto meus irmãos e amigos se reuniam na sala e faziam aquela bagunça. Cheio de confiança, resolvi me juntar aos "baderneiros de plantão" e saí da minha toca justamente na grande final, com toda a certeza do mundo que o título já estava nas mãos do Brasil. Me lembro muito bem quando chegou a notícia de que Ronaldo Fenômeno estava fora da final.

Claro que, inicialmente, todos levaram na brincadeira, com o pensamento de que o "grande truque do velho Lobo Zagallo" foi utilizado para "catimbar" a decisão. Na partida, mesmo com o primeiro tempo terminando 2x0 para a França, eu não tinha dúvidas de uma virada brasileira. Com o passar dos segundos, fui murchando, murchando, até que precisei ver o gol de Petit para acreditar realmente que o Brasil tinha deixado o pentacampeonato escorrer pelos dedos. Não chorei, pois a ficha só caiu dias depois, mas, como diria um amigo meu, aquilo machucou muito meu "x-coração". Ah... Machucou.

A epopeia azul

PAULO FAZIO

Quando o assunto é Copa do Mundo, as minhas primeiras lembranças remetem a 1994, quando o Brasil foi campeão nos Estados Unidos, naquela disputa de pênaltis inesquecível contra a Itália. Mas, curiosamente, a final que mais me marcou não envolvia a Seleção em campo, mas envolvia disputa por penalidades. Foi no ano de 2006, no Mundial da Alemanha. Aquela foi a primeira Copa que me envolvi realmente. Assistia a todos os jogos, um verdadeiro secão. E o duelo entre França e Itália foi a cereja do bolo.

Mesmo com a eliminação de Parreira e seus comandados, segui fervorosamente o andamento da competição. Zidane liderava a França e enchia os olhos dos amantes de futebol, enquanto a Itália era Itália, crescendo jogo após jogo, com aquele peso que a camisa azul tem. A final foi o ápice de tudo, com um enredo digno de epopeia. O gol de pênalti categórico de Zizou, seguido do empate de Materazzi. A história estava escrita e os personagens escolhidos.

Veio a prorrogação e toda a cena que ninguém esquece. Primeiro o vermelho. "Não se pode expulsar Zidane em uma final, é um atentado ao futebol", me lembro de estar gritando. Mas depois vieram as cenas do lance, que, ao ver na hora, fiquei estatelado. Um ídolo perdendo a compostura, mas ao mesmo tempo mostrando que todos são humanos, independente do status que tenha.

Depois dos 30 minutos de prorrogação, que ainda contou com lances de perigo, como uma grande defesa de Buffon, pegando uma forte cabeçada de Zidane com apenas uma mão, veio a decisão por pênaltis. Na segunda cobrança, Trezeguet manda uma bomba no travessão. Todos seguem convertendo as penalidades. Último a cobrar pela Itália, Fabio Grosso, que havia feito um golaço que eliminou a Alemanha nas semifinais, pegou a bola. Tensão. Mas o lateral bateu bem e garantiu o tetracampeonato italiano. Para minha alegria, que, confesso, estava torcendo para a Itália. Vai ver por isso foi tão inesquecível.

Destaques da Folha de Pernambuco

A decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo da África do Sul é o principal destaque da edição deste sábado do caderno Folha na Copa. Uruguai e Alemanha se enfrentarão às 15h30 (do Recife), no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Os uruguaios querem fechar bem uma campanha surpreendente, já os alemães buscam motivação após a derrota para a Espanha na semifinal.

Veja também quem são os dez atletas que estão concorrendo ao prêmio de melhor jogador do Mundial. Vai uma dica: nenhum brasileiro está na lista. E na véspera da grande final, Holanda e Espanha fazem os últimos preparativos.

Polvo x Periquito: quem está certo?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

FLÁVIO BATISTA

Hoje, ao entrar na internet, vi a chamada de uma matéria que dizia "Polvo Paul prevê a vitória da Espanha". Na mesma hora pensei, fatura liquidada. A Fúria será campeã pela primeira vez de uma Copa do Mundo. Se o polvo, que acertou todos os resultados da Alemanha no Mundial, decretou, quem sou eu, um reles mortal, oitavo colocado no bolão de Esportes da Folha de Pernambuco, para discordar.

Mas eis que quando vou ler a matéria, percebo que existe outro animal vidente no mundo. Trata-se do periquito Mani, de Cingapura. Segundo seu dono, um senhor de 80 anos, ele acertou todos os resultados das quartas de final e, ainda, a vitória da Espanha sobre a Alemanha, na semifinal. Para o periquito, a Holanda será a campeã. E agora? O que eu faço? Coloco Espanha ou Holanda como vencedora, no bolão?

Até neste "duelo" entre os animais fica evidente o equilíbrio que deve prevalecer nesta final de Copa do Mundo, domingo, a partir das 15h30.

Destaques da Folha de Pernambuco

O Brasil se apresentou ontem, oficialmente, como sede da próxima Copa do Mundo, em 2014. A festa, que não teve muito tempero brasileiro, aconteceu em Johannesburgo, na África do Sul, e contou com a presença do presidente Lula.

Outro destaque do caderno Folha na Copa desta sexta-feira é uma matéria feita pelo editor de suplementos Thiago Soares em Cuba. Na terra do beisebol, as pessoas pararam para acompanhar o Mundial de futebol, principalmente os jogos que envolviam seleções das Américas (excetuando os Estados Unidos, por motivos óbvios).

Leia também sobre o clima para a grande final de domingo, que reunirá Holanda e Espanha.
 

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