GUSTAVO LUCCHESI
Como passei a acompanhar as Copas do Mundo a partir da edição de 1994, faço parte de uma geração que cresceu e acreditou que o Brasil fosse praticamente imbatível em Mundiais, por isso é tão estranho acompanhar duas quedas seguidas nas quartas de final, como em 2006 e 2010. Mas vamos ao que interessa. Instintivamente, pensei em escolher a final de 1994, contra a Itália, que, curiosamente, está bem mais fresca na minha cabeça do que a de 2006.
Porém, na tentativa de fugir um pouco do óbvio, escolhi uma que é tão inesquecível quanto o tetracampeonato, mas com um sentimento final completamente oposto: a de 1998, contra os franceses. De antemão gostaria de avisar também que a decisão de 2002 foi "arretada", mas não me contagiou tanto, pois considero aquele título óbvio demais, sem riscos para o Brasil. Sem desmerecer a conquista, obviamente.
Naquela Copa da França, acompanhei todos os jogos do Brasil no meu quarto, de porta fechada, enquanto meus irmãos e amigos se reuniam na sala e faziam aquela bagunça. Cheio de confiança, resolvi me juntar aos "baderneiros de plantão" e saí da minha toca justamente na grande final, com toda a certeza do mundo que o título já estava nas mãos do Brasil. Me lembro muito bem quando chegou a notícia de que Ronaldo Fenômeno estava fora da final.
Claro que, inicialmente, todos levaram na brincadeira, com o pensamento de que o "grande truque do velho Lobo Zagallo" foi utilizado para "catimbar" a decisão. Na partida, mesmo com o primeiro tempo terminando 2x0 para a França, eu não tinha dúvidas de uma virada brasileira. Com o passar dos segundos, fui murchando, murchando, até que precisei ver o gol de Petit para acreditar realmente que o Brasil tinha deixado o pentacampeonato escorrer pelos dedos. Não chorei, pois a ficha só caiu dias depois, mas, como diria um amigo meu, aquilo machucou muito meu "x-coração". Ah... Machucou.
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