Em boas mãos

sábado, 10 de julho de 2010

IRCE FALCÃO

Emocionante, imprevisível, movimentado. O duelo entre Alemanha e Uruguai foi bom de ver, digno de entrar para a lista dos melhores jogos deste Mundial. A cadência da partida foi quase um passinho de dança, um (ataque) para lá, outro para cá, mostrando o equilíbrio que marcou o confronto. Se alguém esperava uma Alemanha sem motivação, cabisbaixa por causa da derrota na semifinal, surpresa! Os pupilos de Joachim Löw mostraram o porquê de terem sido considerados favoritos ao título, partindo para o ataque em velocidade e abrindo o marcador com o sempre oportunista Müller, que fez cinco gols em uma Copa brilhante.

Os uruguaios foram um capítulo à parte. Apesar da derrota, eles correram, atacaram, se defenderam (exceto o goleiro Muslera, que faltou nas aulas de atenção, saída do gol e iniciativa, falhando nos gols europeus) e, sem dúvidas, vão desembarcar em casa como verdadeiros heróis, afinal, esta delegação foi responsável por recuperar a imagem da Celeste no futebol mundial. Como verdadeiros guerreiros, jogaram em igualdade com um timaço, chegando até a virar o placar no início do segundo tempo, com um golaço de Fórlan, que jogou muito e só não fez chover nesta Copa. Ele é O Cara!

A virada, no entanto, não foi suficiente para segurar o tal "rolo compressor" alemão, que sufocou a defesa uruguaia até empatar e ficar, novamente, em vantagem no placar. Para quem gosta de bom futebol, com ingredientes tradicionais como emoção e muitos gols, essa decisão pelo terceiro lugar, definitivamente, não deixou a desejar. Quando parecia já estar tudo definido, eis que Fórlan ainda coloca uma bola no travessão, que se diga de passagem, foi um pecado não ter entrado.

Confesso ter torcido para a Celeste, pelo calor sul-americano, a garra do time e a festa de um povo que não comemorava há tempos. Mas admito que o bronze está em ótimas mãos, premiando uma seleção jovem, audaciosa, que promete dar muito trabalho na Copa de 2014, no Brasil. A Alemanha repetiu a colocação de 2006, quando venceu Portugal e ficou em terceiro lugar. Estou é curiosa para saber se os atletas, que disseram não querer festa, vão resistir a tal cervejinha na comemoração pela vitória. Duvido.

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