GUSTAVO PAES
Tinha que ser dele. Villa. A Espanha ficou longe do show prometido nos dois jogos de mata-mata, mas avançou nos braços do seu artilheiro. E o atacante, recém-contratado pelo Barcelona - que deve estar feliz da vida com o investimento realizado -, garantiu mais uma vitória. Novamente por 1xo. Dessa vez diante dos bravos paraguaios. A Fúria começa a recuperar os seus traços da Eurocopa.
Se a primeira fase foi enfadonha, os jogos "do que perdeu vai pra casa" estão sendo sensacionais. Alguns mais pela qualidade do futebol, outros mais pelos pequenos pontos que fazem o esporte ser tão interessante. Espanha e Paraguai se encaixa no segundo exemplo.
Um primeiro tempo morno, e um segundo em que muito aconteceu. Dois pênaltis, um para cada lado. Primeiro o paraguaio Cardozo nas mãos de Casillas. Um minuto depois, foi a vez de Xabi Alonso. No primeiro, o volante espanhol marcou. Mas o juiz apontou invasão da área. Na segunda cobrança, o madrilenho perdeu.
Mas e Villa, onde estava até o momento? Em um ponto cego do campo, pois suas jogadas em diagonal não estavam funcionando. Mas veio Iniesta para quebrar as barreiras sul-americanas. Rolou com açúcar para Pedro. O menino barcelonista acertou a trave. E a bola veio repousar nos pés de Villa, novo astro do time catalão. Artilheiro, mirou o cantinho, onde não existiam paraguaios. Foi tão caprichoso que a bola acertou o poste esquerdo, desfilou pela linha do gol e bateu na trave oposta antes de entrar. Villa, Espanha na semifinal diante da Alemanha. Outro jogaço teremos pela frente.