Festa estranha, com gente esquisita

segunda-feira, 12 de julho de 2010

FELIPE AMORIM

A 19ª edição da Copa do Mundo de futebol teve de tudo. Favoritos caindo ainda na primeira fase, brigas internas, craques não rendendo 1% do esperado, erros bisonhos dos juízes e bandeirinhas, bola criticada pela maioria dos boleiros, vuvuzelas irritantes, musas, narrador anunciando a aposentadoria para o próximo Mundial e até um polvo vidente. Definitivamente, a Copa da África do Sul já entrou para a história como a mais diversificada dos últimos tempos.

Assim que a pelota rolou pela primeira vez, lá no dia 11 de junho, no Soccer City, acredito que muita gente não esperava tanta novidade em solos sul-africanos. Quem, em sua sã consciência, acreditaria que os finalistas de 2006 seriam os lanternas em seus grupos na primeira fase? Pois é, foi o que aconteceu.

Dos candidatos a craques, todos fracassaram. Franck Ribéry, Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, o nosso Kaká, Lionel Messi (este o único que demonstrou lampejos de bom futebol) e até o finalista Fernando Torres não foram sombra do que são. Bom para os "coadjuvantes" aparecerem, como foi o caso do Bola de Ouro eleito pela Fifa, o uruguaio Forlán. O nanico Sneijder e David Villa, que levou a Espanha nas costas, também merecem serem lembrados. Ah, e o que dizer dos Meninos da Alemanha? Geniais!

Mas a falta de craques foi tanta que o nível técnico da Copa ficou a desejar. Se podemos ver algo positivo nisso tudo foi a final feita entre Holanda x Espanha. Duas seleções que até então não haviam levantado a taça. O final todos sabem qual foi, mas a Orange também está de parabéns. Para quem fosse o título, seria merecido.

Fora os atletas, apesar de os juízes terem se esforçado para roubarem a cena com um erro mais bisonho que o outro, o destaque foi Dieguito. Entre superstições e toques de calcanhar na bola, ver o beijoqueiro Maradona na beira do gramado foi um espetáculo à parte. Coitado de Dunga, que, com seu figurino pra lá de suspeito, só conseguiu chamar a atenção após esmurrar o gramado e a proteção do banco de reserva, enquanto seu time era envolvido pela Holanda.

E o que falar de Paul, o polvo? Ah se eu tivesse seguido seus palpites no bolão aqui do jornal... Não poderia esquecer da paraguaia Larissa Riquelme. Mesmo estando a milhares de quilômetros da África do Sul, ela ganhou a preferência da macharada no quesito musa.

Há quem critique, mas eu, assim como os apaixonados pela Copa do Mundo, ficarei com uma saudade de tudo isso. Quem me dera mais uma semaninha de África do Sul... Mas como a competição já acabou, resta me contentar com a Série B do futebol brasileiro, com os nossos representantes Náutico e Sport, além do Santinha que começará a sua saga na Quarta Divisão neste domingo. Eu era feliz e não sabia. Fazendo uma brincadeira com um famoso apresentador, 2014 é logo ali. Ainda bem!

Destaques da Folha de Pernambuco

O caderno Folha na Copa chega a sua última edição nesta segunda-feira e traz como principal destaque o inédito título da Espanha na Copa do Mundo. A conquista foi assegurada após uma apertada vitória de 1x0 sobre a Holanda, com gol de Iniesta no segundo tempo da prorrogação.

No Recife, o ponto de encontro dos espanhóis foi o Instituto Cervantes. A festa, claro, tomou conta do recinto após o apito final do árbitro. Em Boa Viagem, o clima foi bem diferente na reunião dos holandeses, que amargaram, pela terceira vez, o vice-campeonato de uma Copa.

Ainda na edição desta segunda-feira, confira as fotos que marcaram o primeiro Mundial de futebol realizado no continente africano, a seleção eleita pela equipe de Esportes da Folha de Pernambuco e a coluna Agito na Copa.

E toda a equipe aproveita para agradecer a companhia durante esse mês.
 

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