YURI DE LIRA
O site do jornal hondurenho "El Heraldo" noticiou que, hoje, a capital Tegucigalpa se pintou de azul e branco para torcer pela seleção nacional. Restaurantes, bares e praças da cidade se abarrotaram de gente, que apoiaram a Bicolor até o apito final da partida. Mesmo o jogo acontecendo de madrugada no horário local, os "catrachos" acordaram cedo e mantiveram a fé na conquista de uma vitória sobre o Chile.
A corrente não deu certo, é bem verdade. O interessante, todavia, é ver como o futebol foi capaz de unir toda esta nação em prol de um bem-comum. Após sofrer um golpe de Estado, no ano passado, um novo presidente foi eleito este ano. Os opositores, entretanto, se recusam a reconhecer a legitimidade do novo mandatário, Porfírio Lobo Sosa. Dizem que o triunfo no pleito se deu em um momento de ruptura constitucional - o que seria ilegal. Já a ala mais extremista do atual governo prefere não dialogar com o Manuel Zelaya.
Dividida, Honduras ainda é afligida por denúncias de violação de direitos humanos e sofre com um certo isolamento de parte da comunidade internacional. O retorno à vida 100% democrática caminha a passos lentos. Nesse sofrível contexto, o esporte mais popular do planeta vem sendo o maior alento deste sofrido povo.
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2 comentários:
Massa, Yuri! É interessante essa mobilização que o futebol causa. Algo parecido aconteceu em 2004, quando a Seleção Brasileira deu as caras pelo Haiti e trouxe um pouco de esperança a um povo sofrido, por meio daquela camisa amarela tão poderosa. O nome do episódio não poderia ser mais sugestivo: Jogo da Paz.
E olhe que a seleção deles é ruim...
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