Brasil 3x2 Holanda, em 1994

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parte da equipe de Esportes da Folha de Pernambuco estava relembrando hoje os jogos entre Brasil e Holanda nas Copas de 1994 e 1998. Resolvemos então, fazer pequenos relatos de como foi acompanhar essas partidas. Neste primeiro post, vamos falar sobre o Brasil 3x2 Holanda, pelas quartas de final do Mundial de 1994.

"O Brasil x Holanda, nas quartas de final de 1994, assisti na casa de um tio, no Recife. Lembro que o local estava cheio, umas 40 pessoas, e quando a Seleção fez 2x0, todos começaram a comemorar como se a vitória estivesse assegurada. Os gols da Laranja foram uma verdadeira ducha de água fria e os mais velhos começaram a lembrar outras eliminações. O gol de Branco, de falta, é um daqueles que ficará para sempre na minha memória. Depois do jogo, fomos para a rua festejar. Lembranças muito boas"
Flávio Batista

"Um dos meus jogos inesquecíveis de Copa do Mundo. Primeiro, por ser fã do futebol holandês, e aquele time só tinha craque: Koeman, Overmars, Bergkamp. Como também o Brasil, com Bebeto e Romário. Era certeza de jogão e foi. Naquele Mundial, tinha, até então, assistido a todos os jogos na casa de um amigo da minha família, mas meu pai, justamente diante da Holanda, resolveu trocar de "concentração" e fomos assistir, para o meu desgosto, na casa de um tio (pensei logo, vai dar azar). A festa que já rolava quando o Brasil botou 2x0, tornou-se apreensão após os gols holandeses. Até porque, Taffarel havia falhado num dos lances e na época ele carregava a fama de frangueiro. A cada ataque laranja, um drama. Ainda mais com meu tio, que não parava de criticar o nosso goleiro. No sofá, eu mais parecia os próprios Aldair e Márcio Santos, tirando tudo com o pensamento. Mas aí veio o torpedo de Branco, tirando tinta de Romário, quando muitos brasileiros já pensavam que o sonho do título ficaria adiado em mais quatro anos. Foi como se tivesse vencido a final da Copa"
Kauê Diniz

"Nascido em dezembro de 1984, eu não me recordo das Copas de 1986 e 1990. Porém, a de 1994 salvei todos os jogos do Brasil em meu HD mental nos mínimos detalhes. E considero o jogo contra a Holanda tão emocionante quanto a final contra a Itália. Posso dizer que até mais, pois após o empate holandês passou uma única vez na minha cabeça, durante todo aquele Mundial, que o Brasil poderia não vencê-lo. Na ocasião, meus parentes e amigos se reuniram no térreo do prédio onde mora minha família até hoje. A televisão de 29 polegadas do meu tio (sim, era uma das maravilhas tecnológicas da época) foi uma das atrações principais. Nem preciso dar muitos detalhes sobre a festa após o gol de Branco, pois acho que o Brasil inteiro empatou nesse quesito após aquele canhão"
Gustavo Lucchesi

"É provavelmente o jogo que mais me marcou das - ainda poucas - Copas que assisti ao vivo. Tinha nove anos e meu avô havia acabado de falecer. Fizemos uma visita ao lugar onde ele morava para encontrar com alguns parentes. O clima, obviamente, não era de celebração. Mas consegui me refugiar em quarto para assistir ao duelo, com todo respeito ao vovô, claro. O gol de Branco foi uma explosão de alegria, foi impossível segurar. Por um momento, lembro de me sentir um pouco culpado por estar feliz naquele instante. Mas, pouco depois, cheguei à conclusão que era isso que meu avô gostaria de ver e consegui curtir um pouco aquela vitória emocionante".
Gustavo Paes

Envie sua foto para o blog Folha na Copa

Você vai vestir o verde e o amarelo e vai torcer pela Seleção Brasileira, amanhã pela manhã, contra a Holanda? Então, prepare a máquina fotógrafia, registre o momento e envie a imagem para o blog Folha na Copa. Para fazer isso é muito fácil. Basta mandar o material para o email esporte@folhape.com.br. Não esqueça de colocar seu nome e de identificar as demais pessoas que, porventura, estiverem na foto. Estamos esperando!

Argentina, a seleção dos apelidos - parte 2

YURI DE LIRA

Segue a segunda parte do post sobre os apelidos dos jogadores da Argentina.

Javier Pastore (“El Huesito”)
- Ou seja, "O Ossinho". Chamado dessa forma pelo seu tipo esbelto.

Mario Bolatti (“El Maranga”) - Brincadeira com o seu primeiro nome.

Maxi Rodríguez (“La Fiera”) - Tido como uma fera na meia-cancha alviceleste.

Lionel Messi (“La Pulga”) - Rápido, ágil, se comporta como um parasita na defesa inimiga e deixa os técnicos dos times rivais coçando a cabeça.

Carlos Tévez (“El Apache”) - Poderia ser porque tem origem indígena – como boa parte dos argentinos. Mas, na realidade, é por ter nascido em um bairro da periferia de Buenos Aires chamado Fuerte Apache.

Gonzálo Higuaín (“El Pipita”) - Levou o apelido por causa do seu genitor, Jorge Higuaín. Atuando no Boca Juniors, River Plate e San Lorenzo, o pai de Gonzálo ficou conhecido como “El Pipa” – que, em espanhol, quer dizer “Narigudo”.

Sérgio Agüero (“El Kun”) - Se deve a uma série de desenho animado japonês em que o protagonista se chamava Kum Kum. O personagem tinha um corpo franzino e um cabelo parecido com o do atacante do Atlético de Madrid.

Diego Milito (“El Príncipe de Milán”) - O bom desempenho na Inter de Milão lhe garantiu tal denominação.

Martín Palermo (“El Titán” e "El Loco") - Já fez gol de cabeça do meio-campo, se pendurou na trave para anotar um tento, perdeu três pênaltis em uma só partida, virou o maior artilheiro da história do Boca Juniors. Virou lenda. Nada mais justo que compará-lo aos personagens gregos da literatura de Hesíodo. O "El Loco" é graças a sua personalidade excêntrica. Fã da banda de rock argentino Soda Stereo, costumava se vestir igual aos ídolos.

Diego Armando Maradona (“El Pibe de Oro”, “El Diez”, “D10S”) - Basta traduzir. “O Garoto de Ouro” e “O Dez”. O último é uma brincadeira comparando-o a Deus (Diós, em castelhano). No lugar do “i” e do “o” vem o 10 - número que estampava a camisa de Don Diego quando jogava pela Argentina.

Marcar primeiro é um bom sinal

LÉO LISBÔA

Mesmo com as seleções no Mundial da África do Sul preferindo reforçar o sistema defensivo, o ataque é quem está fazendo a diferença. Nesta Copa do Mundo, quem abriu o placar nos jogos, dificilmente perdeu. As exceções foram duas seleções africanas. Dos 56 jogos disputados (48 na primeira fase e oito nas oitavas de final), 41 terminaram com alguma equipe vencedora. Apenas Nigéria e Camarões permitiram a virada.

Nas oitavas, não houve surpresas. Quem saiu na frente, conseguiu se classificar para as quartas de final. O único que avançou sem vencer foi o Paraguai, que conquistou a vaga nos pênaltis.

Na primeira fase, somente duas viradas. A primeira foi no duelo entre Grécia e Nigéria. Os nigerianos abriram o placar, tiveram um atleta expulso e levaram dois gols no segundo tempo.
A outra seleção que saiu na frente, mas não segurou a vantagem, foi Camarões, que também perdeu por 2x1, mas para os dinamarqueses.

Se continuar assim, a partir de amanhã, você já sabe, quem sair na frente, dificilmente será eliminado da Copa.

Argentina, a seleção dos apelidos - parte 1

YURI DE LIRA

Na Argentina, praticamente todos os jogadores têm apelidos. Os torcedores, a Imprensa local e os próprios companheiros de equipe dão essas alcunhas – que pegam como chiclete e viram marcas registradas dos atletas hermanos. Dos 23 selecionados que disputam a Copa do Mundo, somente dois (os goleiros reservas Mariano Andujar e Diego Pozo) não carregam consigo tais designações. Até mesmo o treinador do combinado do Prata, Diego Armando Maradona, possui os seus. Confira abaixo, a primeira parte dos “apodos” dos integrantes da Seleção Alviceleste.

Sérgio Romero (“El Chiquito”) - "O Menininho". Dizem que ele tem rosto de criança.

Martín Demichelis (“El Micho”) - Carinhosa abreviação do sobrenome do zagueiro.

Nicolás Otamendi (“El Nico”) - Mais uma abreviação.

Walter Samuel (“El Muro”) - Forte como um muro.

Gabriel Heinze (“El Gringo”) - Devido a sua origem europeia. É filho de mãe italiana e pai alemão.

Nicolás Burdisso (“El León”) - Joga com a raça de um leão.

Clemente Rodríguez (“El Correcaminos") - “Correcaminos” é nada menos que o nosso conhecido Pápa-léguas, personagem do desenho animado da Warner Bros. Percebe-se que velocidade é a principal arma de Clemente Rodríguez. Bip Bip!

Jonás Gutiérrez (“El Galgo”) - Galgo é uma raça de cachorro bastante rápido. Também dá para perceber qual é principal característica do atleta, não é?

Ariel Garcé (“El Chino”) - “O Chinês”. Tem os olhos apertados, como os de um asiático.

Juan Sebástian Verón (“La Brujita”) - O ex-jogador e pai do meio-campista, Juan Ramón Verón, era chamado de “La Bruja”. Assim, o capitão do Estudiantes de La Plata ficou conhecido como “A Bruxinha”.

Javier Mascherano (“El Jefecito”) - Em português, “O Chefinho”. Seu espírito de liderança, parecido com o do seu grande mestre, o também volante Leonardo Astrada (“El Jefe”), lhe garantiu a alcunha.

Ángel Di Maria ("El Fideo” e “El Angelito”) - Traduzindo: “O Macarrão” e “ O Anjinho”. O primeiro é por conta da perceptível magreza do ponta do Benfica. Já o segundo é somente o diminutivo do seu nome.

Num outro post, trarei o restante dos apelidos dos jogadores da seleção argentina.

Destaques da Folha de Pernambuco

A lesão de Elano é mais grave do que se pensava e o meia pode ficar fora de todos os jogos, caso a Seleção avance até a final da Copa do Mundo. Não é uma notícia boa, mas é o destaque da edição desta quinta-feira do caderno Folha na Copa.

Estamos trazendo também as provocações feitas pelos holandeses, adversários da Canarinho amanhã, em confronto válido pelas quartas de final do Mundial. Para eles, o time do Brasil não tem a magia de outrora.

Alemães e argentinos também não economizaram nas farpas. O jogo entre as duas seleção só acontecerá no sábado, às 11h. No entanto, ontem, o embate já começou fora das quatro linhas. Quer saber mais? Então não deixe de ler o caderno Folha na Copa desta quinta-feira.
 

Copyright © 2010, Folha de Pernambuco Digital - Recife - PE - Brasil. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site para fins comerciais.