Parte da equipe de Esportes da Folha de Pernambuco estava relembrando hoje os jogos entre Brasil e Holanda nas Copas de 1994 e 1998. Resolvemos então, fazer pequenos relatos de como foi acompanhar essas partidas. Neste primeiro post, vamos falar sobre o Brasil 3x2 Holanda, pelas quartas de final do Mundial de 1994.
"O Brasil x Holanda, nas quartas de final de 1994, assisti na casa de um tio, no Recife. Lembro que o local estava cheio, umas 40 pessoas, e quando a Seleção fez 2x0, todos começaram a comemorar como se a vitória estivesse assegurada. Os gols da Laranja foram uma verdadeira ducha de água fria e os mais velhos começaram a lembrar outras eliminações. O gol de Branco, de falta, é um daqueles que ficará para sempre na minha memória. Depois do jogo, fomos para a rua festejar. Lembranças muito boas"
Flávio Batista
"Um dos meus jogos inesquecíveis de Copa do Mundo. Primeiro, por ser fã do futebol holandês, e aquele time só tinha craque: Koeman, Overmars, Bergkamp. Como também o Brasil, com Bebeto e Romário. Era certeza de jogão e foi. Naquele Mundial, tinha, até então, assistido a todos os jogos na casa de um amigo da minha família, mas meu pai, justamente diante da Holanda, resolveu trocar de "concentração" e fomos assistir, para o meu desgosto, na casa de um tio (pensei logo, vai dar azar). A festa que já rolava quando o Brasil botou 2x0, tornou-se apreensão após os gols holandeses. Até porque, Taffarel havia falhado num dos lances e na época ele carregava a fama de frangueiro. A cada ataque laranja, um drama. Ainda mais com meu tio, que não parava de criticar o nosso goleiro. No sofá, eu mais parecia os próprios Aldair e Márcio Santos, tirando tudo com o pensamento. Mas aí veio o torpedo de Branco, tirando tinta de Romário, quando muitos brasileiros já pensavam que o sonho do título ficaria adiado em mais quatro anos. Foi como se tivesse vencido a final da Copa"
Kauê Diniz
"Nascido em dezembro de 1984, eu não me recordo das Copas de 1986 e 1990. Porém, a de 1994 salvei todos os jogos do Brasil em meu HD mental nos mínimos detalhes. E considero o jogo contra a Holanda tão emocionante quanto a final contra a Itália. Posso dizer que até mais, pois após o empate holandês passou uma única vez na minha cabeça, durante todo aquele Mundial, que o Brasil poderia não vencê-lo. Na ocasião, meus parentes e amigos se reuniram no térreo do prédio onde mora minha família até hoje. A televisão de 29 polegadas do meu tio (sim, era uma das maravilhas tecnológicas da época) foi uma das atrações principais. Nem preciso dar muitos detalhes sobre a festa após o gol de Branco, pois acho que o Brasil inteiro empatou nesse quesito após aquele canhão"
Gustavo Lucchesi
"É provavelmente o jogo que mais me marcou das - ainda poucas - Copas que assisti ao vivo. Tinha nove anos e meu avô havia acabado de falecer. Fizemos uma visita ao lugar onde ele morava para encontrar com alguns parentes. O clima, obviamente, não era de celebração. Mas consegui me refugiar em quarto para assistir ao duelo, com todo respeito ao vovô, claro. O gol de Branco foi uma explosão de alegria, foi impossível segurar. Por um momento, lembro de me sentir um pouco culpado por estar feliz naquele instante. Mas, pouco depois, cheguei à conclusão que era isso que meu avô gostaria de ver e consegui curtir um pouco aquela vitória emocionante".
Gustavo Paes
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