Mais precisamente, o trabalho era procurar os amantes do futebol e da Seleção Brasileira dentro da aeronave, que, por motivos diversos, tiveram que voar exatamente na hora do jogo. Havia o risco de uma parte da pauta furar, isso era evidente, pois não tínhamos como saber se os personagens necessários para a matéria estariam no avião.
Deixei Recife com a ideia fixa de que não poderia forçar acontecimentos. Tinha que estar com olhos e ouvidos atentos - ou seja, nada de música ou filmes para distrair o medroso durante a viagem. Eu tinha que seguir as pistas: camisas do Brasil. Se alguém falasse em jogo, em Copa do Mundo, era a minha deixa. Era a brecha para um diálogo e para a apresentação formal como repórter da Folha.
E acabou sendo mais fácil do que eu esperava. Era mais uma prova da estreita ligação entre os brasileiros e o futebol. Três telinhas de celular exibindo os últimos minutos do primeiro tempo, antes da decolagem de Congonhas, em São Paulo, rumo ao Juscelino Kubitschek, em Brasília, e pimba, os personagens foram pipocando na minha frente. Alguns mais ansiosos com o jogo. Outros interessados, mas conformados com a necessidade de voar.
Luciana Sgarbi/Gol
Tripulação comandada pelo piloto Filipe Kisiolar (E), que trabalhou
no voo São Paulo-Brasília, na tarde da última terça-feira
No final, foram 20 horas pulando entre aeroportos e aviões. Mas a maratona valeu a pena.
PS: Você aí, que reclama do trânsito no viaduto Joanna Bezerra por volta das 18h, não queira saber o que é São Paulo na hora em que as pessoas estão desesperadas para sair do trabalho e chegar em casa para assistir à estreia do Brasil. Ironicamente, claro, posso dizer: Um viva para os engarrafamentos recifenses!
Deixamos nosso agradecimento à companhia aérea Gol
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