GUSTAVO LUCCHESI
Sem a intenção de reacender uma possível milionésima discussão sobre as fofinhas e desagradáveis vuvuzelas, queria denunciar o crime mais grave cometido por esses instrumentos tão polêmicos. Passando uma imagem de inocente e indefeso, estes objetos que simulam um mosquito no pé do ouvido de qualquer cidadão cometeram um duplo homicídio em plena África do Sul. E o pior, diante dos olhos do mundo todo, as "vuvus" assassinaram a dupla "uhhhh!!!", característico das torcidas sul-americanas, e o "ohhhh!!!", utilizado com mais frequência pelos europeus a cada lance de perigo.
Sei que está em jogo a tradição, a cultura do continente e tal, até entendo, lindo para eles, mas por conta do barulho ensurdecedor das vuvuzelas, os canais que transmitem os jogos do Mundial estão tendo que sacrificar o volume dos microfones ambiente nos estádios, que captam a reação sonora dos torcedores.
É um absurdo broxante acompanhar uma bomba na trave do camaronês Mbia ou do português Cristiano Ronaldo, ou até mesmo um golaço de Shimbalaiê (Tshabalala, eu sei, mas não resisti), e não escutar nada além do uniforme "fommmmm" das vuvuzelas, assassinas dos craques "uhhhh!!!" e "ohhhh!!!". Para os que não lembram, essa dupla arrepiava os telespectadores e já foi tempero fundamental para transmitir a emoção vinda dos estádios do mundo para o doce lar de cada amante da bola.
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