Brasil x Holanda na Copa de 1998

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Na segunda parte do post sobre os confrontos Brasil x Holanda, parte da equipe de Esportes da Folha de Pernambuco conta onde estava e como foi assistir ao jogo da Copa de 1998, válido pela semifinal.

"O Brasil x Holanda, na semifinal da Copa de 1998, foi um dos jogos mais nervosos que já assisti. Na hora dos pênaltis, minha tensão era tão grande que meu braço esquerdo começou a formigar e eu não conseguia movimentá-lo. Quando as cobranças começaram, me ajoelhei no chão, em frente à TV, e mal conseguia falar. O engraçado é que estava no mesmo local onde assisti à final de 1994, contra a Itália, que foi definida nas penalidades máximas também. Assim como em 1994, no final, com altas doses de sofrimento, vitória da Canarinho. Foi impossível controlar o choro após tanta tensão"
Flávio Batista

"Como diz Galvão Bueno, 'haja coração', porque Brasil e Holanda, na Copa de 1998, foi para testar a pressão de todo mundo. Naquela época, eu ainda não tinha hipertensão. Pelo menos, acho que não, pois se tivesse não teria aguentado. Fui assistir ao jogo com uns amigos da época do colégio na casa de um deles. O nervosismo foi tão grande que quando o jogo se encaminhou para a prorrogação, deixei meu copo de bebida do lado e não dei mais nenhum gole (claro, só até o apito final do juiz). Precisava me concentrar e prestar atenção no jogo. Vai que eu perco um lance e não corto na minha imaginação um dos ataques holandeses. Não me perdoaria. A esta altura do campeonato, já não aguentava ficar sentado. Nos pênaltis, enquanto não começavam as cobranças, eu comecei a afirmar para todos os meus amigos que Taffarel nos salvaria. E meus argumentos? Só dizia que Taffarel tinha pego não sei quantos pênaltis na semifinal da Olimpíada de 1988, em Seul, contra a Alemanha, e que ele era um especialista naquilo. Meus amigos, não tão secões em futebol como eu, claro, só faziam mandar eu ficar quieto. No final, quando Taffarel defendeu os pênaltis, quem gritou mais alto foi eu: 'não falei, não falei...'"
Kauê Diniz

Apaixonado e fascinado por Copas do Mundo, nunca fui adepto de assistir jogos dessa competição em bares ou casas com muita gente. O barulho me irrita, o serviço dos garçons mais ainda, comentários bizarros nem me fale, enfim. Por isso, em 1998, ainda na fase inicial do meu fascínio pelo mundo da bola, eu decidi acompanhar os jogos do Brasil sozinho, em meu quarto, com a porta fechada, enquanto meus irmãos e os amigos eram uma algazarra só na sala. E contra a Holanda foi uma experiência única. Sorri, xinguei, comemorei, me emocionei e terminei anunciando ao mundo, aos berros, que Taffarel era o maior goleiro "de todos o mundo da história mundial". E tudo isso sozinho, eu, eu mesmo e a minha Seleção".
Gustavo Lucchesi

O Ministério da Saúde adverte: o confronto Brasil e Holanda faz mal ao coração. Aquele jogo foi um prato cheio para o Galvão Bueno fazer o seu show e aumentar ainda mais a tensão do povo brasileiro. E eu embarquei feio na conversa do controverso narrador global. Assistindo com a família na casa do meu padrinho, eu fui destacadamente o mais nervoso. Ao ponto de me esconder no banheiro na prorrogação, pois com certeza não fui feito para acompanhar o tempo extra com o famigerado Gol de Ouro. Ainda bem que acabaram com essa "atrocidade". Ainda mostrei um pouquinho de coragem para acompanhar os pênaltis, talvez pela confiança no goleiro Taffarel. No final, ainda lembro da frase que um amigo do meu padrinho soltou para minha mãe. "Desse jeito, esse menino vai morrer cedo por causa de futebol". Vai agourar outro!
Gustavo Paes

"Se eu não lembro muito do Brasil x Holanda de 1994, quando eu tinha apenas dez anos de idade, o confronto de 1998 não sai da minha mente. Lembro daquele dia como se fosse hoje. Ao contrário dos jogos anteriores, resolvi acompanhar aquele duelo das semifinais em casa. E após o 1x1 no tempo normal, me tranquei no quarto para, sozinho, assistir às cobranças de pênaltis. De joelhos e com os dedos cruzados, fui gritando a cada gol feito e a cada defesa de Taffarel. No final, todo arrepiado (sem piadinhas), fui para a janela comemorar mais uma vitória da Seleção Brasileira".
Felipe Amorim

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