GUSTAVO PAES
Triste é a tarefa do avaliador após um jogo como Estados Unidos e Eslovênia. Por onde é mais correto começar a análise? Pelos bons momentos - foi uma das melhores partidas da Copa do Mundo -, ou por uma intervenção infeliz da arbitragem, que impossibilitou a virada dos americanos, que consagraria o embate como o melhor e mais emocionante até agora do Mundial?
Decido então começar pelo lado bom do futebol. O empate por 2x2 foi sensacional. Os eslovenos começaram a partida mostrando tudo o que eles não apresentaram diante da Argélia, no último domingo. Só depois de sofrer o gol de Birsa, os americanos entraram em definitivo no jogo, mas o contra-ataque concluído por Ljubijankic foi mortal: 2x0 Eslovênia no primeiro tempo.
Os Estados Unidos continuaram melhores no segundo tempo. Logo aos dois minutos, o gol de Donovan temperou o jogo de vez. Quem estava assistindo à partida nesse momento não conseguiu mais levantar do sofá, tamanha a intensidade da reta final. Bradley empatou o duelo. Momento de euforia nas arquibancadas.
Tudo corria de forma sublime, até que apareceu o senhor Koman Koulibaly, de Mali. Após cobrança de falta pelo lado direito, o atacante americano Altidore se esticou para empurrar a bola para as redes. E o árbitro apitou o famoso perigo de gol.
É de dar naúseas observar a postura do juiz. Sua expressão de medo, de insegurança. Apitou antes da bola chegar a Altidore. Quando viu a disputa territorial dentro da área, tomou um susto e quis interromper a jogada de qualquer modo. Mas todas as faltas que poderiam ser marcadas, com puxões de camisa, foram cometidas pelos eslovenos. Para o seu azar, a bola entrou. A arbitragem decidiu uma partida na Copa da África do Sul. Estava até demorando.
PS: As emissoras de televisão levantaram a possibilidade de impedimento de Bradley, mas o jogador não participou do lance. E nenhuma das imagens apresentadas mostra o auxiliar levantando a bandeira.
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