Mais uma seleção sul-americana nas quartas de final

terça-feira, 29 de junho de 2010

IRCE FALCÃO

Japão e Paraguai, sem dúvida, fizeram história no Mundial da África. O motivo é simples: essas seleções foram responsáveis pelo jogo ruim mais nervoso dessa copa. Foi um tal de fica bom, fica ruim, melhora a técnica, depois piora de vez. A melhor parte foram os pênaltis (adoro pênaltis), mas confesso que esperar por eles foi bem difícil.

O Paraguai apresentou um "falso domínio" durante todo o jogo, passando mais tempo com a bola no pé, porém sem aproveitar a posse para ir ao ataque. O time jogou travado, abaixo da expectativa, pois os sul-americanos chegaram no Mundial com uma proposta diferenciada, ofensiva, e os atletas não corresponderam. O Japão aproveitou as roubadas de bola para atacar em velocidade, mas pecou na precipitação nas finalizações, que passaram perto de qualquer setor do estádio, menos do gol (exceto um chute de Matsui que explodiu no travessão). Podiam ter trabalhado melhor os lances.

O destaque ficou por conta das defesas, bem postadas e anulando os jogadores de criação de ambas as equipes. Isso desestabilizou tanto o Japão quanto o Paraguai, que, mesmo sendo mais experiente, ficou perdido diante da marcação japonesa. O duelo foi tão truncado que, no tempo normal, teve apenas cinco lances de perigo real de gol. E só! Um pouco frustrante. A prorrogação elevou - um pouquinho - o nível da partida, já que os times, teoricamente, tinham que se resolver. Mas gol que é bom... nada, nenhum golzinho para animar a torcida.

Nos pênaltis, muita regularidade e eficiência, até Komano exagerar na força e mandar a bola no travessão. A cobrança foi decisiva para selar a eliminação japonesa, pois o Paraguai teve 100% de aproveitamento e garantiu presença nas quartas de final. Apesar de estar fora do Mundial, o Japão, sem dúvida, foi uma das surpresas desta Copa, superando a má fase nas eliminatórias e realizando uma bela campanha.

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