YURI DE LIRA
Entre os anos de 1580 e 1640, Espanha e Portugal constituíram o que se chamou de União Ibérica, ou Dinastia Filipina. O tempo passou, os países se separaram, mas a rivalidade entre os dois povos aumentou. Hoje, na Cidade do Cabo, as duas seleções medirão forças pelas oitavas de final da Copa do Mundo. De acordo com o técnico do Time da Terrinha, Carlos Queiroz, a partida é uma daquelas que mexe com os brios de todos os envolvidos.
"Há uma rivalidade regional que não diz respeito apenas ao futebol. É uma rivalidade política, social, cultural. É sempre um petisco especial, como um confronto entre Brasil e Argentina ou Inglaterra e Alemanha. É um menu que não acontece todo dia", pontuou o treinador.
Eu, pessoalmente, aposto em uma vitória da Fúria. Arrisco um placar apertado de 2x1. A realidade é que os espanhois têm bem mais qualidade, sobretudo no meio-campo. Creio que a Seleção dos Quinas depende bastante da lua de Cristiano Ronaldo. Se ele estiver mal (o que tem sido uma certa constante), a equipe terá poucas alternativas de jogo.
Diferentemente de mim, "El Niño" Fernando Torres, que ainda não fez gol nesta Copa do Mundo, crê que os adversários não se limitam ao astro do Real Madrid. "Todos sabemos que Cristiano (Ronaldo) é o principal jogador de Portugal. Mas a seleção deles é mais do que só ele", falou à Rádio Marca, da Espanha.
Um simbolismo histórico dará os contornos do embate. O duelo vai ser realizado na Cidade do Cabo (onde encontra-se o Cabo das Tormentas. Atualmente, da Boa Esperança). Foi aí que o navegador português Bartolomeu Dias desvendou para o Ocidente uma rota marítima que, supostamente, se faria chegar às Índias. Quando os comandados de Carlos Queiroz enfrentaram a Coreia do Norte neste mesmo lugar, sabor à Gomes de Sá. Venceram com uma sonora goleada de 7x0. Bom presságio?
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