FELIPE AMORIM
Que futebol é momento ninguém discute. Mas aqui no Brasil, temos a infeliz cultura de não valorizar o que foi feito no passado. Não importa se o jogador deu um título a uma equipe ou se marcou gols belíssimos, se ele não estiver rendendo bem naquele exato momento, ninguém o quer na equipe. Geralmente é esta a lógica que vemos nos clubes brasileiros. Mas com o técnico da Alemanha, Joachim Löw, esta linha de raciocínio não funciona. Se não fosse assim, Miroslav Klose não teria ido à Copa do Mundo.
Antes de pisar em solo sul-africano, o atacante de origem polonesa não atravessava um bom momento no Bayern de Munique, da Alemanha. Prova foram os três míseros gols marcados em 11 partidas na temporada 2009/2010 da Bundesliga. Mas Klose, mesmo na condição de reserva do clube bávaro, acabou sendo selecionado entre os 23 atletas germânicos que foram ao Mundial.
E não é que Miroslav provou mesmo que é jogador de Copa do Mundo? No último sábado, quando completou 100 partidas com a camisa da Alemanha, o atacante, que marcou dois tentos na goleada de 4x0 sobre a Argentina, chegou a incrível marca de 14 gols em Mundiais. Nesta edição, tem quatro. Agora, ele está a apenas um gol de igualar Ronaldo, o maior artilheiro de todos os tempos, e a dois de entrar para a história sozinho.
A marca é expressiva, não há como questionar. Mas convenhamos que atacante por atacante, só mais mesmo o nosso Fenômeno. Independente de chegar, ou não, à final, a Alemanha terá mais duas partidas pela frente (ainda há a disputa do terceiro lugar). Mas vamos ficar na torcida para que a zica do Bayern de Munique chegue logo à África do Sul. Pelo bem do bom futebol.
Os cinco maiores artilheiros
1º lugar - Ronaldo* - 15 gols (1998, 2002 e 2006)
2º lugar - Miroslav Klose - 14 gols (2002, 2006 e 2010) e Gerd Müller (1970 e 1974)
3º lugar - Just Fontaine - 13 gols (1958)
4º lugar - Pelé - 12 gols (1958, 1962, 1966 e 1970)
*em 1994 não jogou nenhuma partida
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário