Que ironia do futebol!

domingo, 27 de junho de 2010

FLÁVIO BATISTA

O esporte, em especial o futebol, é mágico. Não faltam histórias, alegrias, tristezas, polêmicas e... ironias. Talvez a maior delas tenhamos visto há pouco tempo, quando Lampard, da Inglaterra, chutou, a bola bateu no travessão, quicou dentro da barra, voltou a acertar o travessão, atingiu a linha e saiu. O que era um gol claro não foi confirmado pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda.

Diante dessa jogada, é impossível não vir à cabeça um lance polêmico na final da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, envolvendo os mesmo adversários de hoje na África do Sul (ingleses e alemães). O jogo estava na prorrogação, após empate por 2x2 no tempo normal, e, aos 11 minutos, o inglês Hurst dominou a bola dentro da área e chutou. A pelota bateu no travessão, quicou em cima da linha e saiu. O árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol para desespero dos alemães. No último lance da partida, o mesmo Hurst fez o quarto gol dos donos da casa, que puderam comemorar o título mundial. O único até hoje. E sempre vinculado a essa falha da arbitragem.

Comparando a situação de agora há pouco com a de 1966 não tem como não ficar pasmo com tamanha ironia. Independente do que acontecer no segundo tempo (prorrogação e pênalti, se necessários), Inglaterra e Alemanha já entraram para a história da Copa mais uma vez. E, parece, que o futebol está cobrando, até com requintes de crueldade, uma dívida inglesa.

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