GUSTAVO PAES
Após a eliminação precoce - não pelo futebol apresentado, mas sim pela tradição -, de Itália e França, uma polêmica antiga foi resgatada. A invasão de jogadores estrangeiros nos times europeus atrapalha ou não a formação das seleções nacionais?
Fazendo um paralelo entre Itália e Inglaterra, massacrada hoje pela Alemanha, acredito que o problema dos ingleses é outro. Enquanto na Premier League os jogadores nacionais têm participação e dividem bem os holofotes com os estrageiros, no Calccio, os italianos foram relegados ao segundo escalão.
Não dá para dizer que um time com Lampard, Gerrard, Ashley Cole, Terry e Rooney seja desprovido de talento. Claro que o Campeonato Inglês é muito bem vendido, com gramados excepcionais e arquibancadas lotadas - o que por vezes iludem os mais desatentos -, mas dizer que esses atletas têm muito marketing e pouco futebol é bobagem.
Eles jogam muita bola, mas apenas nos seus clubes. Acho que o maior problema inglês está na falta de variedade no meio-campo e nos fracos coadjuvantes. A dupla Lampard e Gerrard nunca deu "liga". Johnson, Upson, Defoe e Milner são muito limitados. Para piorar, Rooney não apareceu na África do Sul.
Para terminar, um comparativo dos quatro grandes clubes de Inglaterra e Itália, só para ilustrar:
Protagonistas na Inglaterra
Chelsea: Lampard, Ashley Cole e Terry
Manchester United: Rooney e Rio Ferdinand (lesionado dias antes da Copa)
Liverpool: Gerrard
Arsenal: Não tem
Protagonistas na Itália
Internazionale: Não tem (foi campeã da Europa sem nenhum italiano entre os titulares)
Milan: Não tem (Gatuso e Pirlo em franca decadência)
Juventus: Buffon (Cannavaro em decadência)
Roma: De Rossi (Totti em decadência)
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