Outra vez Simon

sábado, 12 de junho de 2010

GUSTAVO PAES

São tantos anos de arbitragem e politicagem dentro do futebol nacional, que seria impossível a figura do gaúcho Carlos Eugênio Simon não estar arranhada no seu país. Muitos jogos apitados, muitas chances de errar para um lado, errar para o outro. E para piorar, faz tempo que ele não vive o seu auge técnico.

Mas apesar de tantos questionamentos, nos seus bons momentos Simon foi um árbitro em que uma parcela dos brasileiros confiava. Isso já é muito em um País marcado por tantas polêmicas em torno dos homens de preto (que cada vez menos vestem preto). E sua proximidade com a cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) permitiu que ele chegasse a mais uma Copa do Mundo, a sua última.

Diante dos seus olhos, sob o comando dos seus apitos, Inglaterra e Estados Unidos se enfrentam hoje. Simon foi escolhido para um jogo marcado pela tensão fora de campo. Até alguns urubus que não gostam de futebol vão ficar de olho na telinha, tudo por conta das ameaças do grupo terrorista Al-Qaeda. Ou seja, o jornalista e árbitro gaúcho vai estar novamente no olho do furacão. É a reta final da sua carreira, Simon. Parafraseando o tio do Peter Parker, grandes poderes trazem grandes responsabilidades. E parafraseando Cardinot, durma com uma bronca dessa.

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