O silêncio do Gringo

sábado, 12 de junho de 2010

YURI DE LIRA

"Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio". A frase de William Shakespeare se adequa bem à reação do argentino Gabriel Heinze após o triunfo de 1x0 dos alvicelestes sobre a Nigéria. O Gringo (chamado assim por conta da sua ascendência alemã) fez o gol da vitória dos "hermanos". Mas, em seguida, resolveu ficar calado na zona mista, área reservada para entrevistas à Imprensa. Assim como Messi, ele nunca esteve de fora da relação de selecionados do técnico Diego Maradona. Mesmo assim, a convocação do defensor para o Mundial foi bastante contestada na Argentina.

As más línguas ainda dizem que ele só foi chamado por conta de uma antiga dívida que o "Pibe de Oro" teria com o irmão do zagueiro, Sebástian Heinze, dono da empresa de marketing "Pásion" - supostamente responsável por desenvolver a marca "Maradona".

O gol foi um tapa-boca para os críticos. Esboçando um sorriso quase forçado, Gabriel comemorou o tento junto ao banco de reservas, sem fazer grandes alardes para os torcedores argentinos presentes no estádio Ellis Park, em Johannesburgo. O fato é que, agora, na terra do tango, já tem gente chamando o rapaz de "Gringo Sagrado". Nada melhor que uma Copa do Mundo para um vilão virar herói.

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