FLÁVIO BATISTA
Desde antes de a Copa do Mundo começar, achava que a Argentina seria uma das favoritas ao título. Mesmo com a pífia campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas, quando a vaga só foi assegurada na última rodada, acreditava que os hermanos possuem um grupo muito talentoso, principalmente do meio de campo para frente.
Agora, entrando na fase de oitavas de final do torneio, me convenço que a Argentina é muito favorita ao título. Foi a seleção que mais me agradou até agora. Vejo também muitas semelhanças entre a Alviceleste e a Seleção Brasileira pentacampeã em 2002.
Primeira delas, assim como a Argentina para 2010, a Canarinho só conseguiu carimbar seu passaporte para a Copa da Coreia do Sul e Japão na última rodada das Eliminatórias. Tanto lá quanto aqui, as críticas foram muitas e a desconfiança do torcedor era total. Segunda, a Seleção Brasileira de 2002 possuía uma zaga fraca que nos deixou na mão na estreia diante da Turquia e nas quartas de final contra a Inglaterra, além de outros sustos. A sorte é que, na frente, tínhamos Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho em excelente fase. Tudo muito parecido com os hermanos. A atual defesa deles não passa confiança, mas lá na frente têm Messi, Tevez e Higuaín.
Terceira semelhança, há oito anos, quem comandava o grupo verde-amarelo era Luiz Felipe Scolari. Um treinador com fama de durão e polêmico, mas que sabia ser parceiro dos atletas. Tanto que o grupo ficou conhecido como "Família Scolari". Na África do Sul, eu consigo enxergar uma "Família Maradona". Na comparação com o brasileiro, o argentino é muito mais polêmico e tem uma importância maior para o seu país (é o grande ídolo de lá), no entanto, o tratamento com os atletas é bem similar. Percebe-se que Maradona tem o grupo em sua mão. Coisa que Felipão também tinha.
A minha torcida, claro, é para o Brasil ser campeão (ou melhor, hexa). Mas o meu sentimento é que a Argentina tem tudo para levantar a taça pela terceira vez. Se isso vai acontecer? Aí é outra coisa. Até porque, no esporte, tudo é muito dinâmico e os desfechos, em algumas oportunidades, fogem da previsibilidade.
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