Uma experiência em 3D

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FELIPE AMORIM

Pela primeira vez em todo o Nordeste, uma emissora de televisão realizou, em caráter experimental, uma transmissão em 3D. O evento, promovido pela Rede Globo Nordeste, aconteceu nesta tarde, na Cachaçaria Carvalheira, apenas para convidados, durante a realização da partida entre Alemanha x Espanha, válida pela semifinal da Copa do Mundo da África do Sul. E quem vós escreve, com a sorte que Papai do Céu me deu, acabou ganhando um dos dois convites destinados à editoria de Esportes da Folha de Pernambuco num concorrido sorteio. Agora, depois desta introdução, compartilharei com vocês a minha experiência.

Confesso que tinha criado uma grande expectativa em torno da transmissão de uma partida de futebol em 3D. Não foi como eu esperava, até porque a televisão era de "apenas" 145 polegadas - bem menor que as telas do cinema -, mas foi bastante legal. Para mim, que estou acostumado com minha humilde 29 polegadas cheia de "chuvisco", ver uma partida de Copa do Mundo em 3D foi um sonho.

Assim que coloquei os óculos e olhei para a televisão, vi Brasão, atacante do Santa Cruz, em minha frente e indaguei: "Brasão está na transmissão 3D?". Mas logo conclui que era apenas mais um evento que o arroz de festa tricolor comparecia. Brincadeirinha, pessoal, mas não poderia deixar de tirar um sarro com o jogador de futebol mais festeiro de Pernambuco.

Voltando à partida, fiquei bastante impressionado com a qualidade das imagens. Em certos momentos, parecia até que estávamos dentro do campo. Por exemplo, quando o espanhol Iniesta, aos 26 minutos do primeiro tempo, se posicionava para bater escanteio, deu a impressão que eu poderia marcá-lo, tamanha é a realidade. Nas cobranças de laterais é a mesma coisa. Realmente somos teletransportados para dentro de campo. Em certos momentos me empolguei tanto que até tive vontade de dar uns pitacos para o catoteiro Joachim Löw, que demorou a mudar postura de sua equipe.

E o áudio 5.1 digital só fez nos dar uma maior sensibilidade em cada lance da partida. Pareceu mesmo que estávamos no Estádio Moses Mabhida, em Durban. Tanto que comprovei: as vuvuzelas são realmente irritantes. Na hora do gol, que tanto esperei, ver o zagueiro Puyol comemorando foi impressionante. Era como se estivesse ao seu lado, vibrando o feito. Bom, no final ficou um gostinho de quero mais, mas pelo menos pude me contentar em "ter ido" à África do Sul, mesmo que por apenas 90 minutos.

PS: Leia mais sobre esta transmissão pioneira, amanhã, no caderno de Esportes da Folha de Pernambuco. O repórter Geison Macedo, da editoria de Informática, contará a experiência que foi acompanhar o jogo entre Alemanha e Espanha na tecnologia 3D.

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