PAULO FAZIO
Escrevi há pouco tempo que, com as saídas de Felipe Melo e Elano, os substitutos naturais deveriam ser o pernambucano Josué e Daniel Alves, respectivamente. Não porque seriam as melhores opções - digo isso mais em relação à entrada de Josué -, mas sim pelo que Dunga havia demonstrado em outras partidas. Quando saiu a relação dos titulares, entretanto, a surpresa estava lá: Ramires.
Dunga optou por testar uma formação que muito brasileiro queria faz tempo. Tirar um dos volantes de contenção, que pouco fazem com a bola no pé, para a entrada de um jogador que possa fazer com que a transição da bola para o ataque seja com mais qualidade. Acho a opção corretíssima. Ramires tem qualidade e velocidade para isso. Além disso, é um jogador que aparece muito no ataque. Com uma marcação muito pesada em Kaká, os espaços para ele vão aparecer.
Já Daniel Alves não é preciso nem falar. É o 12º titular de Dunga. E com méritos. Seja na lateral esquerda, na direita ou no meio de campo, está sempre disposto em qualquer posição que atue. No meio, tem qualidade técnica suficiente para armar boas jogadas com Maicon pela direita, além de ser um jogador inquieto, que quer sempre a bola para partir para cima e arriscar uma jogada mais incisiva.
Acho que o técnico da Seleção acertou nas substituições, fugindo do seu pragmatismo comum. Creio que as mudanças podem fazer a equipe ficar mais solta, ofensiva. É o que todo brasileiro quer.
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